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CÂNCER DA TIREÓIDE

Apesar de não ser muito conhecido, o câncer da tireoide é considerado o mais comum na região da cabeça e pescoço. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), a doença atinge três vezes mais as mulheres do que homens, com idade entre os 20 e 65 anos. A seguir, entenda o que é tireoide e os tipos de tumores e tratamentos existentes.

O que é tireoide?

A tireoide é uma das glândulas mais importantes do nosso corpo. Ela tem o formato de uma borboleta e está situada no pescoço, entre a laringe e a faringe. Com cerca de 25 gramas, a glândula é a responsável por regular toda a produção de hormônios que interferem no funcionamento de vários órgãos do corpo humano, como o coração, os rins e intestino.

O câncer

Possuir nódulos na tireoide é bastante comum. De acordo com o Hospital AC. Camargo Cancer Center, diferentes tipos de células que compõem a tireoide dão origem a tipos de câncer distintos. Os mais comuns são o papilífero (tumor pouco agressivo e de evolução lenta; corresponde a 70%, 80% dos casos), folicular (costuma manifestar-se depois dos 35 anos e, em casos mais avançados, pulmões e ossos podem ser atingidos), medular (trata-se de um tumor mais agressivo; secreta uma proteína que acarreta a calcificação dos ossos) e, por último o anaplásico (corresponde a 2% dos casos de câncer na tireoide; seu crescimento é rápido e, em pouco tempo, pode atingir órgãos, como pulmões, ossos e fígados).

A causa exata do câncer não é conhecida, mas pessoas com certos fatores de risco são mais vulneráveis que outras à doença. Alguns desses fatores são: tratamentos que envolvem radiação, especialmente na infância ou adolescência; histórico familiar de câncer de tireoide; idade superior a 40 anos.

Em estágios iniciais, o câncer não possui sintomas. O mais comum é o aparecimento de um nódulo palpável ou visível na região do pescoço. Em estágios mais avançados, podem ocorrer também aumento dos gânglios linfáticos e do volume do pescoço, rouquidão, tosse persistente, dificuldade para engolir e sensação de compressão da traqueia.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a maneira mais confiável de diagnosticar o câncer de tireoide é através da punção aspirativa do nódulo com uma agulha fina. Este procedimento retira células ou fluidos do nódulo que serão analisados no microscópio. O teste irá identificar se os tumores são cancerosos ou não. Além disso, ele pode identificar também o tipo de câncer.

O tratamento, na maioria das vezes, é cirúrgico (total ou parcial) e leva em conta o tipo e a gravidade da doença. Em geral, ele acontece em três etapas: a remoção cirúrgica, a ablação da tireoide remanescente e a terapia hormonal supressiva. A primeira etapa consiste em remover geralmente toda a tireoide. Rouquidão e queda de cálcio são complicações que podem ocorrer.

A segunda etapa é conhecida como iodoterapia. O paciente fica um período de 20 a 40 dias sem receber iodo. Após esse tempo, a pessoa recebe doses terapêuticas de iodo radioativo em ambiente hospitalar para destruir qualquer célula de tireoide que tenha sobrado após a cirurgia. O passo seguinte é indicar a reposição hormonal com levotiroxina por via oral para substituir os hormônios que deixaram de ser produzidos pela tireoide. Radioterapia, associada ou não à quimioterapia, é recomendada na ocorrência de tumores mais agressivos, como o carcinoma medular e o carcinoma anaplásico.

É importante lembrar que o câncer da tireoide é tratável e seus índices de cura são altos. Entretanto, em aproximadamente 30% dos casos, a doença pode reaparecer. Por isso, é importante que o paciente seja acompanhado regularmente pelo seu médico. Ele deverá fazer exame de imagem a cada seis meses ou um ano, dependendo do caso.

Lorena Costa ( Jornalista e colaboradora do Trilha da Saúde ) e Patricia Costa

Fonte:

http://www.inca.gov.br

http://www.minhavida.com.br

http://drauziovarella.com.br

http://www.accamargo.org.br

http://www.endocrino.org.br

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